2005-04-13

Inversão de tendência

A subida o Euro face ao Dólar que se registou nos últimos meses aproxima-se do fim. É difícil prever com exatidão o ponto de viragem dado que o comportamento dos mercados não é inteiramente racional. Os sinais estão todos presentes. O FED já havia anunciado uma subida gradual ao longo do ano das suas taxas de juro, as pressões inflacionistas nos EUA começam a preocupar os agentes e por cá o BCE anunciou que não tenciona mexer nas taxas de juro. Como actualmente muitos bancos centrais têm enormes reservas em Dólar, assim que o mercado começar a antecipar a sua subida, poderá se dar um grande aumento da moeda americana nos mercados internacionais de consequências imprevisíveis na sua cotação, embora o FED possa controlar esse fluxo regulando a sua própria procura e oferta nos mercados cambiais.
Para a Europa, esta situação poderá representar o empurrão que faltava para sairmos da estaganação. A França e a Alemanha, grandes exportadores europeus, têm sido os mais prejudicados com as actuais cotações cambiais, o que tem consequências indirectas para quem exporta para estes países, porque a sua procura global não aumenta. O efeito da subida das exportações destes dois países representa uma melhoria geral das balanças comercias de quase todos os países europeus. Todavia, há um senão. A subida do preço do petróleo também tem contribuído para o agravamento do défice comercial, mas este só não foi pior, porque a cotação alta do Euro dissimulou o verdadeiro aumento. Esta contrariedade não é suficiente para anular o efeito positvo da correcção monetária que se avizinha, principalmente porque a mesma deverá ter impacto positivo na criação de emprego.

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