2005-02-12

Carrapatoso lembrou solução

No programa "Negócios da Semana", o Presidente da Vodafone afirmou e bem que a nossa taxa de desemprego está a baixo da média europeia e que por isso temos margem para subi-la. A única forma de ajustar a economia é despedindo funcionários públicos e deixar de apoiar sectores pouco produtivos, o que terá como consequência a falência dessas empresas, eliminando as menos eficientes e aumentando a produtividade da economia. Não foi só com medidas como esta que a Irlanda e a Espanha atingiram o desenvolvimento económico, mas sem elas não o teriam atingido. Pelo menos da forma sustentada como se tem demonstrado.
O desemprego não é apenas uma estatística. Atinge pessoas em concreto e por isso necessita de políticas de apoio social, porque um desempregado no nosso país tem um impacto mais negativo na saúde financeira das famílias do que nos nossos parceiros europeus mais ricos. Como foi dito durante a entrevista e por sugestão de Eduardo Catroga e Miguel Cadilhe, o Estado podia contrair dívida pública ou vender o ouro para financiar um fundo de desemprego que minimizaria o sofrimento social.
Em economia não há soluções milagrosas, mesmo que durante as campanhas eleitorais pareça que há. Ponderando os prós e os contras, defendo que esta medida deverá ser implementada seja quem for que ganhe, porque a consequência de mais um adiamento, será um drama social muito maior do que o actual.

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