2005-02-01

Freitas do Amaral

O nosso país tem falta de pessoas não alinhadas. Pessoas que tomam decisões de forma pragmática em consciência com o que pensam ser melhor para Portugal, pessoas com liberdade de espírito. Freitas do Amaral é um dos raros exemplos que restam na nosso democracia e que não divide a sociedade entre os que estão com ele e os que estão contra ele.
Pela justificação que dá em relação ao seu posicionamento ao longo dos anos, reconheço que sempre fez um percurso coerente, mas não deixo de constatar que para o bem ou para o mal a sua base de apoio sempre foi o eleitorado de centro-direita, no qual eu me incluo.
Não me sinto desiludido porque compreendo a sua argumentação, embora não concorde, principalmente na questão iraquiana, que me pareceu manifestamente excessiva e algo demagógica. Por isso a minha crítica não é feita no sentido pessoal como muita gente da minha área política tem feito e que irá ter que engolir quando daqui a uns anos, o professor nos voltar a apoiar. A minha crítica surge porque não acho que o país tenha ficado na mesma com 3 anos de governação PSD/PP. Muito se avançou em circunstâncias difíceis, muitas reformas estavam em curso, mais justiça social foi feita com a exclusão das pessoas de altos rendimentos dos subsídios do Estado.
Dia 20 de Fevereiro, iremos julgar o trabalho destes 3 anos, mas também o que nos propõem para o futuro. O PSD não se apresenta a estas eleições com uma boa liderança, mas continuo convicto que a opção PS ainda é pior, como irei demonstrar ainda esta semana quando comentar o programa eleitoral dos dois partidos.
Concluo com respeito pela sua decisão, não me sinto defraudado e espero que no futuro volte a colaborar com o meu espaço político, mas discordo profundamente da sua opção.

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