2005-01-31

Eleições no Iraque

O povo iraquiano deu uma lição de maturidade democrática com a sua grande afluência às urnas, não se deixando influenciar pelo medo. Com uma participação superior a 70%, a ameaça de ataques terroristas e a concretização de alguns deles não demoveram uma população desejosa de estabilidade para poder prosperar.
Fui e sou completamente contra à invasão do Iraque, mas não penso que quanto pior a situação correr aos americanos melhor. Esta visão tem consequências humanitárias e o meu desejo é que já que o mal está feito, que seja finalizado o mais rápido possível e com o menor número de baixas civis e militares.
Os resultados apontam para uma clara vitória aos partidos moderados e exclusão dos sunitas. O futuro Governo terá que solucionar esta crise de representatividade, convidando sunitas para o governo, solidificando o espírito de nação, que é profundamente genuíno entre a maioria da população.
Espero que este acto eleitoral sirva de exemplo na região e que a cultura democrática no Médio Oriente não seja uma miragem, mas um objectivo a atingir o mais rápido possível para acabar com as desigualdades económicas e socias.

2005-01-30

Rosa

Hoje o céu está mais azul,
Eu sinto
Fecho os olhos, mesmo
Assim
Eu sinto
O meu corpo estremecer
Não consigo adormecer

Ah, nem o tempo vai chegar
P´ra dizer o quanto eu sinto
Você longe de mim
É uma espécie de dor

Hoje o céu está mais azul,
Eu sinto
Olho à volta mesmo assim
Eu sinto
Que este amor vai acabar
E a saudade vai voltar

Ah, nem o tempo vai chegar
P´ra dizer o quanto eu sinto
Você longe de mim
É uma espécie de dor

Já não sei o que esperar
Dessa vida fugidia
Não sei com explicar
Mas é mesmo assim o amor

Artista : Rodrigo Leão
Álbum : Cinema

2005-01-29

Lounge Radio

Uma rádio suíça que de música para relaxar. A primeira vez que visitei o site estava a passar os portugueses Loopless. A playlist também é disponibilizada online. É óptimo para descobrir novos sons.

2005-01-27

Programa Eleitoral - CDU

Tinha eu 10 anos quando caiu o Muro de Berlim e não tenho uma percepção muito clara do que foi o Mundo durante a existência do Bloco Soviético e de toda sua organização centralista e ditatorial. Os exemplos que restam, Cuba, Coreia do Norte e parte da China, são algo longínquos culturalmente e geograficamente, sendo que a ideia de ridicularização que se instalou no Ocidente para com esses países de alguma forma atenuam o carácter desumano desses regimes. Bem sei que os comunistas mais democráticos não concordam com estes regimes, mas a verdade é que nunca os houve democráticos o que me leva a pensar que comunismo e democracia não são compatíveis.
O programa eleitoral da CDU, não é de facto de uma coligação, é de apenas um partido, o PCP, que se mascara para esconder a sua real identidade comunista, que hoje em dia custa a pegar.
Todas as propostas lançadas pelo PCP, estão inquinadas à partida porque partem do pressuposto de um Estado socialista e com uma economia centralista. A visão profundamente ideológica que têm da política e da sociedade portuguesa, não me permitem analisar este programa medida a medida, porque mesmo quando existem algumas boas propostas como na cultura, ambiente, xenofobia, igualdade de oportunidades ou educação, estão sempre completamente subjugadas a orientações de carácter doutrinário que as descontextualizam da realidade e como o tempo não volta para trás e os tempos que nos esperam também não estão de feição para estas propostas, é uma completa perda de tempo reflectir sobre cada uma delas, com o devido respeito democrático que tenho pela instituição PCP.
Há no entanto algumas questões pela gravidade que assumem devem ser denunciadas. A luta deste partido contra os nacionalismos de Direita só pode ter o objectivo de esconder as suas profundas convicções nacionalistas o que é contraditório com as propostas sobre imigração. As referências a políticas de carácter nacional em detrimento de políticas europeias ou internacionais, assim como, a sugestão constante de encerramento de canais que nos ligam ao Mundo é próprio de quem só olha para o seu umbigo e não tem abertura de espírito, o que é contrário ao legado português desde os descobrimentos.
A democratização é constantemente referida para todas as políticas, mas quando se referem à regionalização, ao aborto e à organização interna dos partidos, este principio perde validade, o que me deixa apreensivo sobre o caracter democrático dos seus dirigentes, e nunca é demais lembrar as palavras de Bernardino Soares, que disse que tinha dúvidas sobre se a Coreia do Norte não era uma democracia.
As políticas sociais são de um profundo populismo, com o avanço de números redondos que visam apenas seduzir o eleitorado, com um aumento exponencial dos subsídios do Estado sem a devida contrapartida de recursos financeiros, dado que os impostos sobre capitais e fortunas, todos já sabemos que só seriam cobrados uma vez e se chegassem a tempo, porque a sua fuga seria imediata.
Em relação à NATO e à EU, é defendido o abandono da primeira e uma reformulação da segunda que destruiria a sua génese.
Este programa reflecte o pensamento de algumas pessoas no nosso país, mas duvido que de todo o seu próprio eleitorado, dado que a política do bota abaixo é constante de forma a capitalizar votos pelo descontentamento. É aliás uma visão profundamente pessimista e amargurada que sobressai deste texto, o que neste momento não faz falta nenhuma ao nosso país e espero que o PS reconheça isto e não embarque numa coligação governamental que levaria o país ao fundo do abismo.

Off-Track Racing Betting Window


Shomei Tomatsu

Debate Santana - Sócrates

Finalmente chegaram a acordo !
Foram 4 dias a falar de modelos, de marcações e de desmarcações de debates e em que estação televisiva. Foram 4 dias em que o ruído serviu mais uma vez para não debater as propostas que ambos estão a lançar. Espero que o debate ajude a esclarecer alguns pontos.

2005-01-25

Programa Eleitoral - BE

A impressão que fiquei ao ler o programa eleitoral do BE, é a de um profundo despesismo sem as necessárias contrapartidas financeiras, uma visão fracturante da sociedade portuguesa, a defesa de medidas completamente irresponsáveis e desajustadas da realidade do mundo em que vivemos e a defesa de um elitismo das minorias, ele sim gerador de desigualdade social.
Nas medidas para os primeiros 100 dias, que levariam mais de meia legislatura a serem implementadas o que revela um profundo desconhecimento da governação, tem como pontos positivos o levantamento do sigilo bancário, a meu ver de forma progressiva para evitar a fuga de capitais, a legalização dos emigrantes ilegais, mais acesso à internet, limitação de concentração na comunicação social, fim do abuso da prisão preventiva e facilitação no acesso à justiça. Como pontos negativos defendem a revogação do Código do Trabalho, mostrando um desconhecimento das leis mais liberais dos países concorrentes e que têm influenciado de alguma forma a vinda de investimento estrangeiro, o que em última análise provoca mais desemprego, para além da questão da mobilidade e dos contratos a prazo que são eles próprios factores de incentivo ao aperfeiçoamento pessoal e à contratação sem precariedade; a alteração da lei do aborto sem recurso a referendo, revelando a faceta menos democrática deste movimento; reintegração dos Hospitais S.A. no sistema público, se é que alguma vez eles saíram, dado que se mantêm os princípios de universalidade no acesso ao sistema e o não pagamento por parte dos que não podem, com a vantagem de ao profissionalizar a gestão se tem conseguido mais resultados com os mesmos recursos; a revisão do PEC, visa apenas dar suporte à política despesista e não tem qualquer preocupação com estabilidade macro-económica da Zona Euro; a retirada da GNR do Iraque, demonstra uma profunda insensibilidade pelo povo iraquiano e a necessidade que têm de ter alguma ordem no seu país para poderem reconstruí-lo; por fim a suspensão dos exames do 9º ano, que é um forte indicador do que este partido faria se ficasse com a pasta da educação num Governo de coligação, implementando uma política de laxismo e mediocridade.
Ao defender o combate ao pântano do atraso, o BE, entende que o país não tem vindo a se desenvolver e esta visão pessimista não é própria de quem quer ser Governo, porque embora nos encontremos neste momento numa situação difícil a tendência dos últimos anos tem sido positiva e a sociedade portuguesa tem dado grandes saltos qualitativos e quantitativos.
No entanto, existem algumas medidas que permitiriam melhorar a nossa sociedade. A política ambiental está muito bem elaborada com a defesa das energias renováveis, da diminuição dos gases poluentes, do investimento em transportes públicos em detrimento dos incentivos ao uso do automóvel, as construções energeticamente eficientes, diminuição do consumo energético doméstico, protecção e aumento da área florestal, solução para os resíduos e aumento da reciclagem. Existem também propostas inovadoras na política cultural, de segurança rodoviária, a investigação das células estaminais, a legalização das drogas leves, a regulamentação das culturas transgénicas, a igualdade das minorias sexuais em toda a sociedade, mas a meu ver com a excepção da adopção de crianças, o apoio aos cidadãos portadores de deficiência e o combate à violência doméstica, que façamos justiça teve um grande impulso na sua denúncia com a caracterização de crime público e de vítima aprovado no parlamento sob proposta do BE.
No emprego, as soluções apontadas visam criar emprego artificial e sem sustentabilidade, baseado num forte investimento público e adopção de novos funcionários públicos, quando as necessidades apontam para uma redução de funcionários no sector público e a criação de emprego no sector privado não estar dependente de maiores apoios de curto-prazo, mas sim da criação de condições de enquadramento que aumentem a concorrência e a regulação de mercados, que por sinal nem é referida neste programa e tem uma importância vital para o dinamismo do sector privado.
A política de segurança social é também ela completamente irrealista e levaria ao colapso do sistema, mas a prioridade ao aumento das pensões é um objectivo nobre só que impossível de realizar em pouco tempo, como é defendido.
A paranóia esquizofrénica que a esquerda continua a ter, mesmo quando se diz moderna, em relação à privatização de alguns sectores, demonstra uma fobia irracional. A privatização das águas, do sector energético e até mesmo da RTP, todas elas num quadro de prestação de serviço público, só aumentaria a sua eficiência e qualidade para os cidadãos.
A Europa continua a ser um grande sapo difícil de digerir e a defesa de uma Europa Social, é uma ideia de todos e não apenas do BE, só que com a diferença de PS, PSD e PP defenderem uma evolução da União que existe e não a de uma União que parece estar ainda por criar.
Existem sectores neste programa que simplesmente não são referidos ou estão pouco aprofundados e que são de extrema importância. São eles a defesa, administração interna, família, ciência, diplomacia, sistema político e economia.
Por fim o sistema fiscal, que defende um combate à fraude e evasão com algumas medidas inteligentes, mas ao mesmo tempo com outras que só provocariam a fuga de capitais para outras praças financeiras, assim como o imposto sobre grandes fortunas, que é um grave desincentivo à criação de riqueza. É de notar também que o BE defende uma taxa do escalão máximo do IRS de 42 %, o que se fosse dito muitas vezes faria duvidar concerteza os seus eleitores a irem votar.

2005-01-24

3D Funchal

A minha terra natal em 3D na internet.

2005-01-23

George W. Bush - 2º Mandato

Ao contrário do que a grande maioria dos europeus gostaria, na qual eu me incluo, George W. Bush foi eleito Presidente dos EUA. E foi eleito porque fez uma política que agradou à maioria dos americanos, que quiserem lhe depositar a confiança para mais quatro anos pois são eles que elegem o seu Presidente e não o Resto do Mundo.
Ao contrário do que foi dito e escrito no nosso país, não foi uma maioria menos esclarecida contra uma maioria mais erudita que venceu, até porque esse argumento muito pouco democrático é falso, tendo o país realmente se dividido em todos os sectores da sociedade, sendo menos evidente em alguns Estados, tradicionalmente Republicanos ou Democratas.
Na Europa não podemos continuar a ter dois pesos e duas medidas para uma mesma situação. Se quando falámos em países menos desenvolvidos ou apenas nossos parceiros, que não respeitam as leis internacionais, consideramos que a cultura deles é diferente e não devemos impor pontos de vista, o mesmo se passa em relação aos EUA, que embora não concorde e ache completamente desumano muitas das suas políticas e leis, também eles têm a sua forma de se organizar e agir consoante os seus valores e princípios. A única excepção é para mim os Direitos do Homem, que se justificam impor sempre.
No entanto por serem uma sociedade Ocidental, partilharem connosco muitos dos seus princípios e por serem o país mais poderoso do Mundo têm uma responsabilidade acrescida e devem contribuir para o bom funcionamento das instituições mundiais, o que não tem sido a sua prática nos últimos anos.
Se a guerra do Afeganistão era perfeitamente aceitável e uma primeira resposta ao 11 de Setembro, a guerra contra o Iraque foi um completo atropelo aos acordais formais e informais que se tinham vindo a construir paulatinamente ao longo dos últimos anos e que iam no sentido de não iniciar guerras unilateralmente, mesmo quando suportadas pelo Direito Internacional, dado que depois de muitas voltas lá se conseguiu justificar a legalidade da guerra. Espero que pelo menos o mais importante objectivo da guerra seja conseguido, que é de aumentar o nível de oferta de petróleo nos mercados internacionais para manter estáveis os preços a médio e longo prazo, e que está a ser concretizado através de empresas que na sua grande maioria não são americanas, pois para os EUA é suficiente o beneficio do aumento da oferta.
Paradoxalmente concordo com o apoio do Estado Português aos Americanos, pela consciência que tenho do nosso peso relativo no Mundo e o facto de estarem no mesmo barco o nosso aliado mais antigo, a Inglaterra, o nosso maior aliado transatlântico, os EUA, e o nosso vizinho e maior parceiro comercial, a Espanha. Nenhum governante pragmático e responsável poderia ficar indiferente a este cenário.
Pelo discurso da tomada de posse de George W. Bush, é de prever uma continuação da política de segurança e defesa, pois tem o apoio do Congresso e da Câmara dos Representantes, vem da maior vitória de sempre dos republicanos com grande influência da doutrina neo-conservadora, acentua o já típico discurso da liberdade e democracia no Mundo, que é tão abrangente que pode dar para tudo e já se prevê novas invasões nomeadamente no Irão e o seu desejo de ficar na história. Estou certo que na História Mundial não ficará por boas razões, na história americana o tempo o dirá.
Seria um melhor caminho reformar a ONU e não hostiliza-la, reforçar a NATO, empenhar-se na resolução do conflito entre Israel e Palestina, apoiar economicamente os países mais pobres e assim evitar o surgimento de mais grupos radicais e reabilitar a coligação feito depois do 11 de Setembro para proceder a ataques cirúrgicos a terroristas onde quer que estejam assim como a tomada de medidas económicas e diplomáticas contra os Estados apoiantes do terrorismo.
O verdadeiro desafio a este segundo mandato é manter a economia de boa saúde, já que os americanos perdoam a chegada de alguns mortos e feridos em guerra, mas muito dificilmente uma baixa do seu nível de vida. Pode ser moralmente questionável, mas normalmente é o que sucede e pode levar a uma grande derrota dos republicanos nas próximas eleições.
O duplo défice, orçamental e externo, continua a preocupar os diversos agentes. Estão já previstos cortes em todos os departamentos, excepto para I&D em defesa, segurança interna e programa espacial. A nível externo irá continuar a política de desvalorização da moeda e a esperança da retoma das exportações.
O problema é deveras sério. A pujança económica nas últimas décadas dos EUA fez-se pela liderança em sectores tecnologicamente mais evoluídos e por um forte investimento em inovação. Os cortes já anunciados não são um bom presságio, assim como a concentração de verbas destinadas à I&D nos sectores já referidos, que não acrescentam competitividade à economia. A concorrência asiática tem sido feroz e a fuga de conhecimento para estes países tem diminuído o nível de investigação básica e aplicada nos EUA, o que pode já nos próximos anos ter consequências para o maior gigante mundial.
Não são poucas as preocupações e desafios que George W. Bush terá durante este mandato, mais as que ele próprio terá a oportunidade de criar na sua já popular forma de discutir e decidir. Não é por ser pouco inteligente que as vai criar, mas por achar convictamente que está correcto e que é o melhor para a América. Eu por cá não acho, e mais meio mundo também não, mas não é subestimando a sua pessoa que se faz o combate político que deve ser feito, na afirmação dos valores europeus na política internacional e pela luta de mais paz e justiça social no Mundo.

2005-01-22

Maria Cheia de Graça

Uma viagem ao mundo do tráfico de droga que espelha bem as causas, o sofrimento e a dureza dos intervenientes. É triste assistir até que ponto chega a falta de amor próprio e a degradação humana na busca de uma vida supostamente melhor.
Impressiona, porque sabemos que a realidade chega a ser muito pior do que o filme mostra e alerta para a continuação da importância do combate ao tráfico de droga.
No fim, um sinal de Maria que consegue resistir à tentação de continuar nesta vida e opta por seguir um caminho civilizado a pensar no filho que está para nascer.

2005-01-20

Nuno Cardoso

Culpado ou inocente, Nuno Cardoso já perdeu este caso. Já perdeu, porque não dignificou a política, demonstrou que não entende a separação de poderes, argumentou e insinuou sem provas, baseou-se em sondagens favoráveis sobre actos eleitorais que irão decorrer dentro de 1 ano e supostos convites para deputado que não aceitou.
Toda esta salganhada própria de quem está aflito e não teve o descernimento de reflectir e agir com calma, tem que ter consequências para o próprio e gostaria de ver José Sócrates a acompanhar as críticas que Francisco Assis fez ao seu companheiro de partido, demonstrando uma grande coerência política.

2005-01-18

The Man of the Future


Rogério Reis

Melinda e Melinda

Mais uma birlhante película do genial Woody Allen mas sem o próprio a representar porque a idade já não ajuda e a estética nos seus filmes é muito mais importante do que aquilo que parece.
A filme desenrola-se a partir de um mesmo acontecimento mas com duas visões distintas, uma trágica e outra cómica, que reflecte bem as contradições, paranóias e inseguranças do autor, e embora os ingredientes sejam basicamente os mesmos, fiquei com a sensação de novidade, porque muda a abordagem e as subtilezas são muito distintas.
A mensagem é muito eficaz, leva-nos a pensar que os acontecimentos são aquilo que fazemos deles e que o nosso estado de espírito e forma de encarar a vida são determinantes no desenrolar da nossa existência.

Pictures of You

i've been looking so long at these pictures of you
that i almost believe that they're real
i've been living so long with my pictures of you
that i almost believe that the pictures are all i can feel

remembering
you standing quiet in the rain
as i ran to your heart to be near

and we kissed as the sky fell in
holding you close
how i always held close in your fear
remembering
you running soft through the night
you were bigger and brighter and whiter than snow
and screamed at the make-believe
screamed at the sky
and you finally found all your courage
to let it all go

remembering
you fallen into my arms
crying for the death of your heart
you were stone white
so delicate
lost in the cold
you were always so lost in the dark
remembering
you how you used to be
slow drowned
you were angels
so much more than everything
hold for the last time then slip away quietly
open my eyes
but i never see anything

if only i'd thought of the right words
i could have held on to your heart
if only i'd thought of the right words
i wouldn't be breaking apart
all my pictures of you

looking so long at these pictures of you
but i never hold on to your heart
looking so long for the words to be true
but always just breaking apart
my pictures of you

there was nothing in the world
that i ever wanted more
than to feel you deep in my heart
there was nothing in the world
that i ever wanted more
than to never feel the breaking apart
all my pictures of you

Artista : The Cure
Album : Disintegration

2005-01-17

MPT e PPM

O MPT e PPM, irão previsivelmente eleger cada um dois deputados nas próximas eleições, integrados nas listas do PSD.
O cenário com maior probabilidade de vir a acontecer é de uma quase maioria absoluta por parte do PS. Como os dirigentes actuais do PS, não vêm com bons olhos um entendimento à esquerda, e sabendo-se que José Sócrates valoriza muito as questões ambientais e do património, que por coicidência são as principais bandeiras dos dois partidos, é de prever que estes venham a ser seduzidos para um acordo parlamentar ou de Governo.
Confesso que do meu ponto de vista seria a solução ideal e que o PSD deveria facilitar esse entendimento, no caso de estes deputados serem decisivos. Como contrapartida deveria exigir a continuidade de algumas políticas, como a dos Hospitais SA, a Lei das Rendas ou as portagens nas SCUTS. Seria uma forma lateral de Bloco Central, que daria estabilidade ao novo executivo, que não deixaria a extrema-esquerda pertencer ao núcleo de decisão do nosso país e que não esgotava o papel de oposição que PSD terá que fazer e que é essencial numa Democracia que precisa de alternativas de Governo.

António Mexia

O Programa Eleitoral do PSD está entregue em boas mãos.
Ao ver a entrevista ontem de António Mexia no programa Outras Conversas, percebeu-se que estamos perante um homem extremamente competente, que quer contribuir para o país de forma altruísta, que assume os seus desejos e que apesar de vir do mundo da gestão, não transporta em excesso a linguagem empresarial para as questões de Governo. É inglória a sua situação, mas o serviço público é isto mesmo, é servir por servir, sem estar agarrado a lugares ou obedecendo a estratégias pessoais.
O líder do PSD, esteve bem ao convidá-lo e o partido tem que saber tirar partido da mais valia que representa António Mexia. Daqui para a frente será uma personalidade incontornável em qualquer solução de Governo ou partidária do PSD, mesmo que seja apenas daqui a uns anos, dada a prevísivel derrota que aí vem.

2005-01-13

Still Life with Books


Vincent Van Gogh

Casamentos

Recentemente a organização da Expo Noivos que decorreu na FIL, anunciou que a os casamentos em Portugal representam 2,2 % do PIB.
Está descoberta a forma de pôr o País de novo na rota do crescimento.
Os manifestos eleitorais dos diversos partidos deverão conter propostas de como pedir a mão em casamento sem fracassar, como arranjar noiva ou noivo em menos de 24 horas, cursos de formação profissional em casamentos, promoção turística do tipo "com casamentos em Portugal garantimos um bom final", apoio a ONG que estimulem o casamento e já agora um estímulo ao divórcio baixando a taxa de 250 euros e abrindo a possibilidade de novo casamento.
Afinal isto não anda para a frente porque ainda existe muita gente a ficar para tio ou tia, por isso, apelo a todos que se desencalhem de uma vez por todas em nome do País.

2005-01-11

Mortes no Dakar

Por vezes as consequências de fazer aquilo que gostamos, de nos superarmos a nós mesmos, de experimentarmos altas doses de adrenalina é muito dura, principalmente para os que rodeiam os visados.
Habituámo-nos a ter um grande controle sobre a nossa vida, temos hoje esperança de viver muitos anos e tentamos sistematicamente encontrar razões científicas sobre tudo o que nos acontece. Mas a vida é assim mesmo. Gostamos de pôr a nossa vida em risco em troco de alguma satisfação e do olhar atento dos que nos seguem. São atitudes normais do ser humano. Mesmo com todos os cuidados médicos, o corpo por vezes prega-nos partidas inesperadas.
A segurança deve estar sempre presente e deve ser melhorada, mas existe o risco inerente ao simples facto de estarmos vivos e muito mais quando praticamos actividades perigosas.
José Manuel Perez e Fabrizio Meoni, partiram a fazer aquilo gostavam, e concerteza partiram felizes.

2005-01-10

Viagem a São Tomé e Príncipe

É por alaridos demagógicos como o que está a ser feito pela oposição que a política não atrai quadros competentes. Qualquer político sério sabe que não são estas viagens ou os seus salários que põem em causa a consolidação orçamental. Estes argumentos mesquinhos, mas que caiem bem entre o povo, são armas de quem tem poucos argumentos, é desonesto e politicamente fraco.
Portugal está no grupo de países mais desenvolvidos do mundo, pertence à União Europeia e tem uma imagem de prestígio a defender que não se coaduna com poupanças irrisórias na representação do Estado.
Muitos avançarão com números que dariam para alimentar as criancinhas ou os velhinhos, consoante as plateias que tiverem a falar. Não é assim que se resolve os problemas de pobreza que ainda subsistem no nosso país, mas com propostas estruturantes e preparação governativa que Francisco Louçã com toda a sua genialidade não tem. Quanto ao porta-voz do PS, pelos vistos foi o único a dar a cara por este ataque, porque se calhar pelos lados do Rato é o homem menos viajado e ficou com dores de cotovelo.

Mercado do Carbono

A entrada em vigor do comércio europeu de emissões, nomeadamente do carbono, é um grande desafio para indústria portuguesa e uma oportunidade de melhoria dos níveis gerais de poluição atmosférica no nosso país. É um desafio porque exige um investimento em tecnologia não poluente que por vezes tem custos iniciais altos, mas que por norma introduz melhoria de qualidade tornando os produtos mais competitivos e melhorando a imagem social das empresas. Pode ainda originar maiores receitas para os menos poluentes, dado que se diminuírem o nível de poluição abaixo da sua quota podem vender o excedente.
O conceito implementado de licenças transaccionáveis pela UE, tem vantagens para as empresas pois permite minimizar custos, ajusta-se à inflação, podem ser compradas por organismos públicos quando os mercados se encontram em desequilíbrio, mas mais importante é que são dinamicamente eficientes, isto é, estimulam os agentes poluidores a investir em tecnologias limpas para se manterem competitivos.
Portugal não tem uma indústria ao nível dos países mais desenvolvidos e para atingirmos o pelotão da frente, se nada for feito, aumentaremos os níveis de poluição acima do que nos é permitido pelo Protocolo de Kioto, o que aliás está já a acontecer. Todavia não será um factor dissuasor de crescimento económico se houver um ajustamento inteligente e contínuo dos diversos agentes até 2012, período em que teremos de prestar contas ao Mundo pelo que fizemos pela diminuição de emissões nocivas para a atmosfera.

2005-01-09

Crepuscular Old Man


Salvador Dalí

2005-01-08

Entrevista Infeliz

O Presidente da República aceitou participar numa entrevista em que partilha pontos de vista com outros políticos e jornalistas, sem que esteja representado alguém da actual maioria, que por muito que tenha batido no fundo representa muito mais do que qualquer um dos convidados presentes, num modelo completamente fragilizador da sua própria pessoa e em pleno clima de campanha eleitoral, em que o Presidente deve estar mais resguardado. Mas esta é uma questão de forma, que não é de todo a mais importante.
O conteúdo esse sim varia entre o incongruente, o amnésico e o lugar comum.
O Presidente vem falar em plena pré-campanha que é preciso reformar o sistema para gerar maiorias, o que para o homem que zela pela credibilidade das actuais instituições ( e não as que gostava de ter ! ) é no mínimo espantoso, ainda para mais sendo a mesma pessoa que dissolveu uma maioria clara. Talvez o termo maioria para Jorge Sampaio não tenha o mesmo significado que para o comum dos Portugueses. Depois diz que só em 2001 se lembrou do déficit, quando vários economistas avisaram desde 1998 que a situação ia descarrilhar. Mas na altura havia uma "Nova Maioria" em que ficava mal puxar as orelhas e era preciso entrar no Euro. Mas para mostrar que é imparcial, já que os socialistas deram uns aumentos no tempo deles vamos deixar aqui a rapaziada da maioria também dar a sua fezada, esquecendo-se que a principal razão da sua dissolução da Assembleia era porque se tinha invertido a política de contenção, ou seja, temos um orçamento que é tão mau que é um dos principais factores de queda do Parlamento, mas atenção, que ninguém é despedido sem aprová-lo !
Para rematar disse o que todos nós já sabemos, mas que por causa de atitudes como a de Vossa Excl. não se repetem mais, que são os imensos casos de sucesso em Portugal nas mais diversas áreas. A nossa sociedade é cada vez mais pujante, porque já constatou que não pode contar com os políticos se quiser fazer alguma coisa de jeito.
Cada vez mais precisamos de enquadramento, estabilidade e ideias claras. O intervencionismo tem servido para esconder fraquezas políticas, que puseram o país em alto mar com o mastro partido. O motor ainda funciona, mas não sei é se há gasolina para chegar a terra.

2005-01-07

Sugestão do Dalai Lama

Sobre os representantes dos diversos países nas instituições mundiais, Dalai Lama chegou à conclusão que lhes faltava um espírito de preocupação com toda a humanidade e sugere:
"Isto leva-me a pensar que valeria a pena fundar um organismo cuja tarefa principal fosse monitorizar os negócios humanos na perspectiva da ética, uma organização que poderia chamar-se Conselho Mundial do Povo ( embora se possa sem dúvida encontrar um nome melhor ).
Imagino-o constituído por indivíduos vindos de uma grande variedadede de ambientes. Haveria lugar para artistas, banqueiros, ambientalistas, advogados, poetas, académicos, pensadores, religiosos e escritores, assim como para homens e mulheres comuns, com uma reputação reconhecida de integridade e dedicação aos valores fundamentais éticos e humanos. Em virtude deste organismo não estar investido de poder político, as suas declarações não seriam legalmente vinculativas. Mas, devido à sua independência sem elo com nenhuma nação ou grupo de nações e sem ideologia, as suas deliberações representariam a consciência do mundo. Possuiria, portanto, autoridade moral."

2005-01-06

ICEHOTEL

Um hotel feito de gelo que funciona entre Dezembro e Maio na Suécia.

Barcelona-Dakar

O melhor serviço público que a RTP teria feito aos portugueses, era deixar a SIC continuar a fazer a cobertura do Rali. O Paulo Camacho e a sua equipa transmitiam o espírito do Dakar, ao contrário do reporter da RTP que parece estar junto à faixa de gaza com um lenço à Arafat.

2005-01-04

Será que vêm ?


Foi anunciada a vinda dos U2 dia 14 de Agosto a Portugal.
Espero que não seja mais um falso alarme.
A malta por aqui já está desesperada. 8 anos é muito tempo !

Pôncio Monteiro

Mais um caso em que sai mal o líder do PSD. Devia ter alinhado a sua posição com o nº 2, Rui Rio, porque os últimos resultados no Distrito e Câmara do Porto basearam-se e bem, numa estratégia de separação entre futebol e política. Após ter efectuado o convite, Santana Lopes, nunca poderia voltar a trás, porque sai desautorizado. Preso por ter cão e por não ter.

Nascemos Para o Sono

Nascemos para o sono,
nascemos para o sonho.
Não foi para viver que viemos sobre a terra.
Breve apenas seremos erva que reverdece:
verdes os corações e as pétalas estendidas.
Porque o corpo é uma flor muito fresca e mortal.

Fonte : Rosa do Mundo, 2001 Poemas Para o Futuro

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