Pertinente
por Roberto Rodrigues dos Reis
2005-02-26
2005-02-24
Marques Mendes aponta caminho
2005-02-23
Menezes virou à esquerda
DIAGNÓSTICO
Pouca verdade ! Pouca verdade !
Tenho razão enquanto não penso.
Pouca verdade ...
Devagar ...
Pode alguém chegar à vidraça ...
Nada de emoções ! ...
Cautela !
Sim, se mo dessem aceitaria ...
Não precisas insistir, aceitaria ...
Para quê ?
Que pergunta ! Aceitaria ...
Autor : Álvaro de Campos
2005-02-22
Atitude sensata
Relatório Kinsey
A quebra dos mitos morais é a principal vitória de Kinsey, que foi educado precisamente num ambiente de grande fanatismo religioso, mas que curiosamente lhe é útil na sua pesquisa, dado que herda a determinação e obcessão do pai.
A sexualidade é levada a um extremo unicamente animal e não são tidos em conta os aspectos psicológicos, mas como em qualquer ciência, é preciso fazer experiências para tirar conclusões.
O resultado foi francamente positivo e serviu para melhorar a vida íntima de muita gente e por isso hoje, esta temática é cada vez mais encarada de forma natural e sem preconceitos.
2005-02-21
Presidente alcança objectivos
Noite Eleitoral VIII
Noite Eleitoral VII
Noite Eleitoral VI
Noite Eleitoral V
Noite Eleitoral IV
Noite Eleitoral III
Noite Eleitoral II
2005-02-20
Noite Eleitoral I
2005-02-19
Referendo à Constituição Europeia
Dia desnecessário
2005-02-18
Foi penoso
2005-02-17
Programa Eleitoral - PSD
As principais prioridades do PSD, resultam de um diagnóstico muito preciso da realidade e são apresentadas com objectivos quantificados, desde o aumento da produtividade, diminuição do peso do Estado na economia, diminuição da economia paralela, maior quota de genéricos, taxa de abandono escolar mais baixa, mais formação profissional, promoção do acesso à justiça, maior cobertura das pensões, apoio à natalidade, aumento do investimento em I&D, generalização do saneamento básico e diminuição das emissões de CO2.
O contrato proposto aos portugueses dá um grande relevo à produtividade como factor de crescimento económico, redefinição do papel do Estado Social com a garantia de serviços para quem tem menos possibilidades e manutenção do princípio da subsideriedade, consolidação orçamental do lado da despesa para diminuir impostos, princípio do utilizador e poluidor pagador.
O choque de gestão está muito bem resumido neste texto: “Perceber o sentido das coisas, separar o essencial do acessório, fazer as perguntas certas, fixar objectivos, medir, focar, inovar, e responsabilizar. Conceber, mas sobretudo executar.” Este espírito vem na linha reformista que está na própria génese do PSD desde a sua fundação, aliado a um constante apelo e manifesta vontade de mudar mentalidades, cultura, valores e regras, privilegiando a responsabilidade, liberdade de escolha, concorrência, equidade geracional, solidariedade, transparência e orgulho.
As medidas concretas do choque de gestão estão directamente ligadas ao último grande estudo sobre as deficiências competitivas da nossa economia, mais concretamente os custos de contexto. São eles a evasão fiscal com o alargamento da base tributária, a burocracia com a responsabilização dos agentes, ordenamento do território para definir áreas de intervenção, os serviços públicos para torná-los mais eficazes, a legislação laboral para flexibilizar e assim beneficiar o emprego e a regulamentação dos mercados/produtos para um clima de maior transparência. É avançado também o compromisso de poupar 700 milhões de euros só com medidas de racionalização e rentabilização das operações e activos do Estado.
A reforma da administração pública é para continuar, com um programa de actuação operacional, premiando a excelência e renovando os quadros, assim como a da saúde, que foi descrita pela OCDE, como uma reforma que privilegia a qualidade, vai de encontro à necessidade da população e limita a pressão da despesa.
Na educação há uma especial preocupação com a taxa de abandono escolar e compromissos concretos para reduzi-la, através de um maior apoio aos alunos em risco e adequando o sistema às necessidades sociais e do mercado. No ensino superior há a prioridade de implementar o processo de Bolonha.
Existem diversas áreas, como o ambiente, segurança, desporto, imigração, onde são propostas medidas que irão depender em grande parte da oportunidade política e peso político dos responsáveis por esses sectores, assim como da própria evolução natural dos sectores, ou então de entendimentos com o PS, como seja com a justiça.
O problema demográfico que neste momento existe na Europa e é particularmente mais grave em Portugal, é alvo de medidas estruturantes e que permitem sustentar o sistema de segurança social no longo-prazo. A política de família irá dar incentivos claros a quem tiver mais filhos, embora este não seja o único factor relevante nesta matéria. Relativamente às pensões é proposto um aumento da idade da reforma indexado à esperança média de vida, mas quem tiver mais de 35 anos poderá optar se quer esse novo regime ou não, dando benefícios para premiar a vida activa. Os complementos privados de reforma, também são essenciais para a sustentabilidade do sistema e retiram a responsabilidade do Estado nas reformas mais altas. A discriminação positiva que protege quem mais necessita, é um princípio que estará sempre presente em todo o tipo de prestações sociais.
Durante esta legislatura foi aprovado o maior programa de sempre de apoio à I&D, no valor de 300 milhões de euros. O programa do PSD compromete-se a continuar esta política, mas quer também criar condições para que os privados apostem nesta área, para se poder cumprir o objectivo dos 2% do PIB em I&D, como nos comprometemos na Estratégia de Lisboa.
A política de transporte está muito bem estruturada e integrada, numa perspectiva de desenvolvimento harmonioso do território e sobretudo desincentivando o uso do automóvel no centro das cidades.
Os compromissos internacionais com a NATO, EU, ONU, são para continuar, o que aliás ninguém responsável no nosso país contesta e são essenciais para a afirmação de Portugal no Mundo e capacidade de negociação. A medida de tornar o Português, uma língua oficial nas Nações Unidas é uma excelente forma de divulgação.
No próximo dia 20 de Fevereiro, independentemente das simpatias pessoais, o que estará em jogo no essencial é o cumprimentos dos programas, embora estes muitas vezes sejam indicativos e difíceis de cumprir numa só legislatura. Por ser ambicioso mas realista, por privilegiar a iniciativa privada, por proteger os mais pobres, por ser estruturante para a sociedade e por conter um pressuposto de mudança de mentalidade, o programa de um futuro governo do PSD neste momento, serve melhor os interesses do país, dá continuidade às políticas de ajustamento iniciadas à 3 anos e permite começar a beneficiar a população, criando um futuro melhor.
2005-02-16
Programa Eleitoral - PS
Ainda no capítulo económico, deseja-se o aumento da concorrência, mas esquece-se que há sectores que estão a competir à escala europeia e que precisam de empresas com dimensão para criar economias de escala e beneficiar o consumidor, como também se dá a falsa esperança aos empresários de criar empresas em 24 horas e claro está a tentação ideológica de “melhorar o governo das empresas”. A iniciativa privada é algo que ainda não está completamente digerido pelo PS.
As medidas para melhorar a Administração Pública, concentram-se quase exclusivamente no atendimento ao cidadão, ou seja, melhorar o serviço e bem, facilitando a vida aos utentes, mas nunca se explica se haverá mudança de procedimentos e reorganização interna. Não basta maquilhar os serviços públicos, é necessário reestruturá-los para que reduzam custos, ganhem eficiência e credibilidade.
Na educação pretendem continuar o alargamento do pré-escolar, que tinha sido iniciado no primeiro Governo de Guterres, melhorar os níveis gerais de escolaridade e implementar o processo de Bolonha. São todas boas intenções se houver vontade política e não apenas atirar dinheiro para os problemas, o que não resolve nada, para além de criar uma cultura de indisciplina, demérito dos melhores e irresponsabilidade. Não é referido como se articula a educação com a cultura, sector que está bem estruturado no programa.
Os últimos governos socialistas deram grande permissão ao aumento da construção sem regras e são responsáveis por grandes atentados urbanísticos, embora o programa Polís tenha corrido bem e por isso deverá surgir um programa semelhante. Devo dizer que na área ambiental, qualidade vida e desenvolvimento sustentável, no geral as medidas propostas são positivas, muito também devido aos compromissos do Protocolo de Quioto.
A mudança de linguagem e processos formais, é o que sobressai para o sector da saúde, porque no essencial a reforma em curso é para continuar, o que aliás já tinha sido definido por Correia de Campos e transitou para a Luís Filipe Pereira com algumas nuances.
A segurança social vão ligar a idade da reforma à esperança média de vida, o que é lógico e urgente, mas discordo do fim da discriminação positiva implementada relativamente aos diversos subsídios. A pobreza será tratada mais uma vez com prestações, o que exceptuando situações extremas, não resolve o problema.
As políticas de desporto, imigração, juventude, comunicação social, defesa, externa e europeias, apontam todas no bom caminho, quer seja por bom senso ou por compromissos internacionais e internos.
Relativamente ao emprego, o objectivo de criar 150000 postos de trabalho é completamente irrealista, como se demonstra pelos números de Silva Lopes. Se a economia crescer a uma média de 3% na próxima legislatura, o que aliás acha difícil, pelo comportamento do emprego no passado relativamente ao crescimento do PIB, mas com aumento de funcionários públicos, iriam ser criados 120000 empregos. Uma diferença de 30000, a que se acresce uma redução de funcionários públicos de 70000, pela regra de cada dois que sai entra um, ou seja, serão criados 50000 postos de trabalho na melhor das hipóteses se for cumprido este programa tal como está apresentado.
Para finalizar, noto que a linguagem redonda e pouco objectiva, que é tipicamente socialista, não foi abandonada, e que não há compromissos quanto a valores e atitudes que poderiam dar um grande impulso ao nosso país e que são estruturantes para toda a sociedade. O laxismo, o facilitismo, a cultura de irresponsabilidade e pouco trabalho estão de volta, interrompendo um ciclo de mudança de mentalidades.
2005-02-15
Debate não adianta muito ...
2005-02-14
Bússola Política
Invocação
Espírito do ar, vem,
vem depressa.
O invocador te chama.
Vem, e purifica esta terra.
Espírito do ar, vem,
vem depressa.
Levanto-me:
é no meio dos espíritos que eu me levanto.
Os invocadores me protegem,
conduzem-me por entre os espíritos.
Criança, criança, grande criança,
levanta-te e vem,
grande criança, pequena criança,
aparece entre nós.
Fonte : Esquimós em Rosa do Mundo 2001 Poemas para o futuro
2005-02-12
Carrapatoso lembrou solução
Pode já ser tarde
2005-02-11
2005-02-10
Tragédia no Sudeste Asiático II
Um Longo Domingo de Noivado
A resignação não se impõe quando há esperança. Quando essa esperança se refere à pessoa amada ainda mais forte é o sentimento.
Um Longo Domingo de Noivado, mostra-nos a luta pela descoberta da verdade, o inconformismo, a preserverança, mesmo quando parecem se ter esgotado todas as possibilidades.
É uma história em busca do noivo que supostamente tinha morrido no decorrer da 1ª Guerra Mundial, mas que Mathilde, a noiva, não sente o seu desaparecimento.
A dupla do "Fabuloso Destino de Amélie", o realizador Jean-Pierre Jeunet e a actriz Audrey Tautou, voltou a encontrar-se e o resultado é mais uma vez brilhante mas num registo mais violento e triste.
Os pequenos promenores da vida, as coincidências e o humor continuam presentes neste filme com excelente realização, interpretação, guarda-roupa e fotografia.
2005-02-09
Abuso Jornalístico
2005-02-08
Reínicio do processo de paz
2005-02-07
Quando não mais o Número e a Figura ...
Quanto não mais o Número e a Figura
Sejam chaves de toda a Criatura,
Quando aqueles que cantam ou que beijam
Mais sábios que os mais sábios inda sejam,
Quando o mundo, que a vida livre esquece,
À vida e a si próprio já regresse,
E quando a luz e as trevas se casarem
Pra claridade vívida gerarem,
Quando virmos que a história universal
Só na poesia e lenda é que é real,
Brotará do mistério de um só verbo
O renovado Ser que andava enfermo.
Autor : Friedrich von Hardenberg
Encerramento do comércio ao Domingo
2005-02-05
2005-02-04
Tiago Monteiro
2005-02-03
Santana Ganhou
Ao analisar apenas do ponto vista eleitoral quem apresentou propostas que mais seduzem, no geral acho que houve um empate, porque ninguém aprofundou os temas sensíveis, embora tenham dado pistas, mas que não são compreensíveis a toda a gente e até dão para várias interpretações. Nos programas eleitorais estão lá as diferenças e terei ocasião de evidenciá-las.
José Sócrates arrancou melhor. Tinha tudo a seu favor. A forma como está a ser feita a campanha do PSD, os boatos que em nada dignificam a vida política e uma confortável vantagem nas sondagens.
Mas cedo começou a perder terreno. Teve constantemente a vincar a ideia do crescimento económico, do emprego, das finanças públicas e do plano tecnológico, mas como são áreas em que a responsabilidade socialista do fracasso é deveras superior à da coligação foi perdendo confiança ao longo do debate e transmitiu muita irritação quando foram sucessivamente refutadas e apontados caminhos de futuro. Santana Lopes desmontou o plano tecnológico ao dizer o que já está a ser feito actualmente e não como uma miragem de futuro, assim como, o conhecimento que demonstrou ter das diversas pastas, como a imagem calma e segura que transmitiu, surpreendeu-me pela positiva, porque não tinha sido assim até aqui. Até as chamadas questões da modernidade, embora o seu nome seja discutível, que normalmente são caras à esquerda, foram abordadas com muito maior naturalidade e frontalidade por Santana Lopes.
Pela irritação e incómodo que sentiu, pela falta de credibilidade que tem para apontar soluções nos temas que colocou no centro da sua agenda, por não ter conseguido discutir o passado, por se comprometer muito pouco, José Sócrates perdeu o debate mais por demérito próprio do que por mérito de Santana Lopes, embora este tenha estado em boa forma.
Isaltino Morais
(cumpli)Cidades # 26
2005-02-02
2005-02-01
Jean Nouvel
Freitas do Amaral